sexta-feira, 26 de março de 2010

Uma tarde ensolarada...

Part.4


Somente isso que disse, subiu a escada correndo, desaparecendo. Meu coração estava diminuindo, meus pensamentos era sobre o que ele dissera antes de subir aquela escada. Aquilo martelava cada vez mais forte dentro da minha cabeça, começou a doer. Pela primeira vez, eu queria que as horas passassem devagar, mas, quando menos esperei, o sinal tocou. Todos saíram correndo, com pressa para ir embora, porém, eu, tentava andar o mais lento que podia. Encontrei ele em frente de uma árvore, respirei fundo e fui até lá. Deu um pequeno sorriso, mas ainda havia tristeza nele. Pegou minha mão, me guiando para atrás da escola, não demoramos muito pra chegar lá, soltou minha mão encostando na parede.

- Deve estar tentando adivinhar o que vou dizer...

- Sim, estou. Mas acho melhor você facilitar um pouco...
- Ok, vou dizer. Só me deixa pensar como. - suspirou
Eu estava soando de nervossísmo, ele não dizia nada, só fazia umas expressões estranhas, estava pensando.

- Já pensou?
- Sim...

- Então me diz! - eu não parava de fita-lo

-Ahn, eu não sei o que eu sinto por ti...

- O que?! Quer dizer, como assim?! - como assim?!

- Moira, eu realmente não sei! Então acho melhor sermos somente amigos..

- Eu não entendo! Ontem você me dizia que me amava e disse que era pra sempre! E de repente você quer acabar com tudo! - não aguentei, joguei minha bolsa no chão.
- As coisas mudam...

- Dá pra dizer tudo de uma vez? - meus olhos encheram d'água, minha voz falhava.

- Acabou.

Ele me olhou e percebi que uma gota estava escorrendo sobre sua face.
Como ele pode, acabar de um jeito tão... simples. Sem nenhuma explicação.
Comecei a chorar cada vez mais alto, ele me deixou ali, sozinha.
"Acabou, acabou, acabou...", essa palavra não parava de ecoar em minha cabeça, fazia um zumbido dentro do meu ouvido.
Eram 13:55, 5 minutos para dar 14 horas, tudo acabará ali, no começo de uma tarde ensolarada.


História baseada em um fato real, obrigada Moira (:

Uma tarde ensolarada...

Part.3


- Não vai perguntar se eu estou bem? - disse ele, fitando o chão.

- Tudo bem? - eu o olhava de cima para baixo, sua beleza me cega!
- Hum... Acho que já deve saber a resposta. E você? - me olhou com os mesmo olhos minutos atrás.
- Estava bem, até agora.
É, algo tinha acontecido, e pelo jeito que ele estava era óbvio que não era bom. Ele não me contou, não abriu a boca nenhum segundo, abriu somente para bocejar, só. Ele deveria me dizer, eu sou a namorada dele, tenho o direito de saber, mas ficou quieto. O que realmente me incomodou foi sua mão, ela não estava entrelaçada com a minha, eu não estava sentindo aquela almofada sobre minhas mãos, e seu cheiro, estava tão, tão... afastado. Eu não sentia seu perfume delicioso, geralmente nessa hora, eu só sentia seu perfume e mais nada! Agora, nem seus suspiros contra meu pescoço eu senti. Enquanto eu tagarelava praticamente sozinha, o sinal tocou, levantamos e fomos direto a escada, prosseguimos o caminho em silêncio e afastados, ele continuará fitar o chão e de vez em quando olhava para frente.
- Na hora da saída converso contigo.
- Tudo bem, boa aula.

Uma tarde ensolarada...

Part.2



O barulho das criancinhas gritando nos corredores junto com o barulho do sinal me fizeram pular da cadeira e quando olhei no relógio, ah, era exactamente a hora que eu tanto esperava, 9:45 em ponto, a hora do lanche. Sai correndo, pedindo licença há todos. Consegui chegar a escada mais rápido do que imaginará. Ahn escada, incrível, não cai, eu esperava em rolar aquela escada mas cheguei viva, sem nenhum arranhão. Desci o mais civilizada que pude, com rapidez, quando me deparei com ele, é, ele que eu tanto queria ver, Bruno. Meu sorriso fora de orelha a orelha, meus olhos estavam totalmente brilhantes, minhas pernas tremiam, meu coração disparava, quase saindo pela boca, minhas mãos soadas por completo. Apesar de eu estar totalmente boba e fora de controle com sua beleza fascinante e viciante, percebi que ele não estava feliz como dias atrás ao me ver, para ser sincera, fiquei com medo do olhar penetrante que jogou em mim, um olhar completamente triste, carregados de incerteza e confusão. Algo estava abalando ou abalou por dentro, mas não tive coragem de perguntar. Fui até ele e o abracei, não pude beija-lo ou dar um selinho, pois a escola não permitia. Tentei fingir que não tinha percebido sua tristeza, mas isso não deu certo.

Uma tarde ensolarada...

Part. 1


Na verdade, tudo começou em uma manhã ensolarada de quinta - feira e acabou em uma tarde, simplesmente em uma tarde. Para ser sincera, nunca pensei que essa tarde terminaria desse jeito. Acordei 5:40, como todos os dias, tomei meu café e me arrumei por completo, eu precisava ficar bonita, somente para ele. Espirrei o melhor perfume sobre meu corpo, dei uma pequena bagunçada no cabelo e peguei minha bolsa com alguns certos cadernos e livros dentro. Ah, eu não veria a hora de chegar há escola, ver aquele sorriso cheios de pérolas dentro dele, aquele olhar de rubi que me deixava completamente louca. Sentir aquela mão entrelaçada com a minha, como se eu segurasse uma almofada, fofa e completamente cheirosa. Hum, aquele cheiro, eu perdia os sentidos só de sentir seu perfume precioso sobre meu pescoço, sobre minhas roupas, sobre minha pele. E por fim, seu beijo, um beijo ardente apimentado de amor e carinho, com um pouquinho de calor. Ele me fazia ficar sem respiração, ofegante, com um calor imenso. Para ser sincera, era o melhor beijo que já teria sentido.Para ajudar, perdi o onibus e o qual deveria vir em seguida demorou mais ou menos, uma hora. Isso não foi um exagero. Com isso, perdi a primeira aula, estava com esperança de encontrar aquela beleza, mas infelizmente não foi o que eu esperava. Ao chegar na escola, não tirei os olhos do relógio, não prestei atenção na aula, nem o que os professores e alunos falavam, somente no relógio. O que não é legal quando você quer que as horas passem voando, elas não passam, elas demoram tanto que me deixa sonolenta, enfim, dormi.