sábado, 29 de agosto de 2009

Sonho


Eu não sei o que eu estava fazendo ali, sentada naquele banco ansiosa, com as mãos suadas, coração quase explodindo e dor no estômago, tipo borboletas na barriga. Eu as mandava pararem de voar ali dentro, mas não dava nem um pouco certo.
Eu não deveria ter marcado esse encontro, sabendo que não estou nenhum pouco pronta pra dizer a verdade e nem ao menos levar um pé na bunda, mas sei lá, estava confiante.
Estranho isso né?
Eram 18:30, as ondas daquela praia não paravam quietas, estavam agitadas demais, a areia estava macia, parecia que estava pisando em algodões, o ar estava tão bom, por mim, ficaria ali, sem pensar em problemas e ficaria ali, com ele.
Levantei daquele banco e fui andar um pouco na beira do mar, a água estava morna isso me deixou mais calma.
“Lara!”. Ele chegou, eu já estava indo embora pra não dizer nada e ir para casa, mas ele chegou a tempo e eu não sei o que fazer...
“Ahn oi Brandon, eu já estava de saída, depois a gente conversa pode ser? Tchau!”.
“Espera um pouco, você me chama pra vim aqui e de repente vai embora? Afinal, o que você tem a me dizer? Estou curioso, você disse que preferia dizer pessoalmente, então, aqui estou”.
“Não é nada demais Brandon, olha, esquece ok? Eu preciso ir embora, tenho outro compromisso”.
“Está bem, não vou te forçar a dizer, mas saiba que eu estou puto com você, me fez vir aqui pra dizer ‘oi, esquece tudo, tchau’? Perdi meu tempo”.
“Já que perdeu seu tempo, o que está fazendo aqui ainda? Ah! Que saco! Quer saber, deixa que eu saia”.
“Ah Lara, pára com isso, volta aqui vai”. Ele veio até a mim e segurou meu braço, e como sou uma boba, já estava chorando.
“O que é?”.
“Já está chorando? Poxa Lara, desculpa! Você sabe que essa não foi a minha intenção, só que você também ficaria brava se eu fizesse a mesma coisa, não ficaria? Vem, me de um abraço aqui e pare de chorar, bobinha.” Quando eu percebi já estava nos braços dele.
“Eu sei que sou boba, não precisa me lembrar...”.
“Own, vamos sentar ali então”. Sentamos e logo perguntou o que eu tinha a dizer.
“E aí, vai me dizer ou não?”.
“Vou...”.
“Então?”.
“Brandon...” Segurei a mão dele nessa hora e olhei para baixo, eu não sabia o que dizer, ele é o meu melhor amigo, desde pequeno, eu não consigo dizer.
“Olhe para mim”. Uma de suas mãos tocou meu rosto, levantando um pouco para eu poder olhá-lo, logo fiquei arrepiada.
“Eu gosto de você, eu amo você...”.
“Sério?” Ele disse isso em um sussurro, aproximando cada vez mais em meu rosto.
“Uhum...”.
“Eu também te amo, minha pequetita...”.
E finalmente senti o gosto de seus lábios, eram doce e quente, era um beijo delicado e eu não conseguia sair dali e nem ao menos acordar desse sonho lindo e tão real.

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